Aos vinte e um anos, Chopin fugiu da Polônia ocupada pelos russos para o exílio na França. Ele nunca mais veria seu país. Tendo se exibido em apenas dois concertos públicos em muitos anos, tornou-se um astro da sociedade parisiense e um pianista lendário nos salões da cidade, reverenciado por seus eminentes contemporâneos, Schumann, Liszt e o pintor Eugène Delacroix.
Dotado de genialidade e protegido pelo sucesso e pelo amor de George Sand, a mais famosa (e indigna) romancista da Europa, Chopin viu seus anos triunfais chegarem ao fim: menos de duas décadas após ter conquistado Paris, o compositor, na penúria, morria nos braços da filha afastada de Sand, Solange. O Funeral de Chopin é a história desse desamparo fatal.
Livro de textura rica, e condensado com arte, O Funeral de Chopin é um retrato íntimo e em primeiro plano de um homem sitiado, às voltas com conflitos de todos os lados: violência familiar, paixões políticas e, especialmente, o seu próprio orgulho. Com destreza, Benita Eisler conta a história do artista como exilado, de um explosivo caso de amor e de mundos—público e privado—convulsionados por graves mudanças.